Eu senti, por minutos a fio, o meu pensamento voar por todas as direções. Todas as direções pelas quais meu olhar pudesse, numa tentativa furtiva, disfarçar a timidez.
Seu olhar de canto, que me banhava com cada palavra não dita, e que me presenteava com piscadas silenciosas, e que me deixavam a vontade. Você não? Pensava.
Ele segurava minha mão, como num gesto sem querer, ao atravessar a avenida movimentada, porém permanecera assim, congelando em mim todas as partes que ainda me restavam movimento. E quando minha timidez insistia em dominar os segundos que eu fazia questão de usar como cúmplice, eu dava continuidade aos atos apenas em pensamento.
Perdidos cada qual em seu próprio mundo, sentados ora num banco frio, ora num ponto de ônibus, eu tentava projetar meu querer tão ambíguo, subjetivo, dual... e disputava novamente com seu incomodo.
Pensei em aparecer a ti sob a forma de Cigana e dizer a ti como seguir o amanhã... e continuar o que fora só meus pensamentos... mas o amanhã não me pertence, cabe a você tirar meu ar, cabe a vc vir até mim, pois eu... aaahhh eu já estou perdidamente entregue!
Escrevi isso a dois anos atrás, mas nunca, jamais tive coragem de mostrar... hj não tem pq esconder... aturo desde então... massss como foi bom passar por tudo isso... momentos inesquecíveis valem por uma vida ^^
BEIJOOO
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